Withdrawal Of Turkey from the Istanbul Convention and ongoing debates

Abstract

This study examines Turkey's withdrawal from the Istanbul Convention through the discourses of conservative actors and opposition groups such as feminist, women's, and LGBTQ+ organizations. The decision to withdraw from the Convention sparked intense political debate, with various groups offering opposing views on the meaning and implications of this change. The tension between conservative values and opposition views emerges as a focal point shaping the ongoing discourse and reflecting broader societal divisions on gender-related issues. This study attempts to reveal the ideological and discursive context underlying the multifaceted debates surrounding Turkey's withdrawal from the Istanbul Convention, analyze the process leading to the withdrawal, and assess the gender equality policies affected by this process. To this end, the official texts containing the supporting and counter-arguments of the Istanbul Convention (Presidential Decrees, Ministry statements and other relevant official documents) as well as leading national media text were examined together with the relevant literature. Critical Discourse Analysis (CDA) was preferred for the interviews conducted in the study. The research revealed that in Turkey, where political Islam ideology is on the rise, the debates focusing on the Istanbul Convention essentially involve contexts such as de-Europeanization, heteronormativity, feminist fractionism, and anti-gender mobilization. Furthermore, this study reveals how conservative politics, which defends the traditional family structure, attempts to promote gender justice through traditional values. Consequently, it assesses how gender equality has become part of an ideological conflict.

Este estudo analisa a retirada da Turquia da Convenção de Istambul e os debates subsequentes em torno da Convenção, a partir das perspetivas tanto de atores conservadores como de grupos da oposição, tais como organizações feministas, organizações de mulheres e organizações LGBTQ+. A decisão de se afastar da Convenção desencadeou intensas discussões no panorama político, uma vez que várias fações apresentam pontos de vista contrastantes sobre a importância e as implicações desta medida. A tensão entre os valores conservadores e as visões do lado da oposição surge como um ponto central, moldando o discurso em curso e refletindo as divisões sociais mais amplas em torno das questões de género. Este estudo procura desvendar o contexto ideológico e teórico subjacente aos debates multifacetados em torno da retirada da Turquia da Convenção de Istambul, analisa o processo que conduziu à sua denúncia e avalia as políticas de igualdade de género afetadas por este processo. Para o efeito, foram examinados os textos oficiais que contêm os argumentos de apoio e contraargumentos da Convenção de Istambul (Decretos Presidenciais, declarações ministeriais e outros documentos oficiais relevantes), bem como os principais textos dos meios de comunicação nacionais, juntamente com a literatura relevante. A Análise Crítica do Discurso (ADC) foi a preferida para as entrevistas conduzidas no estudo. A pesquisa revelou que, na Turquia, onde a ideologia do islamismo político está em ascensão, os debates com foco na Convenção de Istambul envolvem essencialmente contextos como a deseuropeização, a heteronormatividade, o fracionismo feminista e a mobilização antigénero. Além disso, este estudo revela como a política conservadora, que defende a estrutura familiar tradicional, tenta promover a justiça de género através dos valores tradicionais. Consequentemente, avalia como a igualdade de género se tornou parte de um conflito ideológico.