Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10071/35726
Autoria: Strange, Karina
Orientação: Terrenas, João David Malagueta
Data: 30-Out-2025
Título próprio: Food sovereignty as a decolonial praxis: Lessons from Timor-Leste on critical approaches to food (in)security and autonomy
Referência bibliográfica: Strange, K. (2025). Food sovereignty as a decolonial praxis: Lessons from Timor-Leste on critical approaches to food (in)security and autonomy [Dissertação de mestrado, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório Iscte. http://hdl.handle.net/10071/35726
Palavras-chave: Alimentação -- Food
Segurança -- Security
Soberania nacional -- National sovereignty
Ecofeminism
Timor-Leste
Autonomia
Autonomy
Modernidade -- Modernity
Agrossilvicultura -- Agroforestry
Capitalismo -- Capitalism
Neoliberalismo -- Neoliberalism
Dependência -- Dependency
Desenvolvimento económico -- Economic development
Women
Ecofeminismo
Agroflorestação
Mulher
Resumo: This thesis investigates how food and farming can function as a decolonial praxis in the context of Timor-Leste, a nation navigating post-independence development, dependency complexities, the legacies of colonialism, and an uncertain future. Through an ecofeminist, anti-colonial lens and grounded in ethnographic fieldwork with East Timorese women and smallholder farmers, the research explores how grassroots, indigenous, and bottom-up approaches to food production challenge neoliberal models of development and conceptions of modernity. The study finds that knowledge of farming and forests, especially as maintained by women, plays a critical role in resisting the extractive logics of global capitalism and building climate and food resilience. Timor-Leste’s adoption of neoliberal structures, such as land titling and oil dependency, has weakened land rights and altered people’s relationships to food and nature, particularly for women and youth. This pathway threatens food sovereignty and undermines knowledge systems essential for autonomy. By analysing grassroots agroforestry and permaculture projects, this thesis highlights how sustainable food initiatives can serve as sites of gendered empowerment and epistemic resistance. However, it also raises critical questions about whether funding tied to international capitalist markets can ever truly support decolonial autonomy, taking inspiration from decolonial movements and leaders in history and cross-continental. This work calls for a shift in how food security is conceptualised – away from top-down technocratic solutions and toward relational, land-based practices rooted in local knowledges, to help us practice pluriversality in International Relations. Ultimately, this thesis contends that true food security must be reimagined as autonomy from capitalist food regimes, led by those most affected by food insecurity.
O objetivo desta tese é investigar como a alimentação e a agricultura podem funcionar como uma práxis decolonial no contexto de Timor-Leste, um país que enfrenta desafios do desenvolvimento pós-independência, das complexidades da dependência, dos legados coloniais e de um futuro incerto. Através de uma lente ecofeminista e anticolonial, assente em trabalho de campo etnográfico com mulheres timorenses e agricultoras familiares, a tese explora como as abordagens indígenas de base comunitária à produção de alimentos oferecem uma lógica alternativa de desenvolvimento que resiste e desafia os modelos neoliberais e à conceção de modernidade que lhe está subjacente. O estudo revela que o conhecimento sobre agricultura e florestas, especialmente quando mantido por mulheres, desempenha um papel fundamental na resistência às lógicas extrativistas do capitalismo global e na construção de resiliência alimentar e climática. A adoção, por Timor-Leste, de estruturas neoliberais, como a titulação de terras e a dependência do petróleo, tem enfraquecido os direitos à terra e alterado a relação das populações com os alimentos e com a natureza, particularmente jovens e mulheres. Esse caminho ameaça a soberania alimentar e coloca em risco os sistemas de conhecimento essenciais para a autonomia. Ao analisar projetos comunitários de agroflorestação e permacultura, esta tese releva de que forma iniciativas alimentares sustentáveis funciam também como espaços de empoderamento, igualdade de género e resistência epistêmica. No entanto, a tese também questiona em que medida os financiamentos de projetos de sustentatibilidade promovidos por mercados capitalistas internacionais podem, de fato, apoiar uma autonomia decolonial, inspirando-se em movimentos e líderes decoloniais históricos e transcontinentais. Este trabalho propõe uma mudança na forma como a segurança alimentar é concebida – afastando-se de soluções tecnocráticas e hierárquicas, em direção a práticas relacionais e baseadas na terra, enraizadas em conhecimento e saberes locais, para nos ajudar a praticar a pluriversalidade nas Relações Internacionais. Assim, esta tese defende que uma verdadeira segurança alimentar deve ser reimaginada como autonomia relativamente aos regimes alimentares capitalistas e liderada por aqueles que são mais afetados pela insegurança alimentar.
Designação do Departamento: Departamento de História
Designação do grau: Mestrado em Estudos Internacionais
Arbitragem científica: yes
Acesso: Acesso Restrito
Aparece nas coleções:T&D-DM - Dissertações de mestrado

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