Mujeres, crimen, castigo: Contribuciones al estudio de la seguridad femenina

Abstract

En este artículo propongo pensar el nexo crimen-seguridad recurriendo al paradigma de la seguridad humana, abarcando “la seguridad física (seguridad contra la violencia y el crimen) y la seguridad material (seguridad contra la pobreza y las privaciones)” (Kaldor, 2020:1). Al estudiar la (in)seguridad de género desde la perspectiva de mujeres infractoras, cuestiono las relaciones entre los motivos que movilizan la práctica del crimen y las experiencias vividas por estas mujeres y su auto-percepción de seguridad, y de qué manera son afectadas por variables ambientales, políticas, económicas, culturales y sociales. Mi propósito es avanzar con la premisa de que el crimen, en el contexto femenino, puede ser interpretado como una estrategia, un enfrentamiento, o una alternativa al aparato de Estado, es decir, un medio para alcanzar la seguridad.

In this article I propose to think of the crime-security nexus following the paradigm of human security, encompassing “physical security (security against violence and crime) and material security (security against poverty and deprivation)” (Kaldor, 2020:1). In studying gender (in)security from the perspective of women offenders, I question the relationships between the motives that mobilize the practice of crime and the experiences lived by these women and their self-awareness of security, and how they are affected by environmental variables, political, economic, cultural and social. My purpose is to advance the premise that crime, in the female context as action can be interpreted as a strategy, a confrontation, or an alternative to the state apparatus, that is, a means to achieve security. Keywords: women, crime, prison, human security.

Neste artigo proponho pensar o nexo crime-segurança de forma recorrendo ao paradigma da segurança humana, abrangendo “a segurança física (segurança contra a violência e o crime) e a segurança material (segurança contra a pobreza e a privação)” (Kaldor, 2020:1). Ao estudar a (in)segurança de gênero na perspetiva de mulheres infratoras, questiono as relações entre os motivos que mobilizam a prática do crime e as experiências vividas por estas mulheres e a sua auto perceção de segurança, e de que forma é são afetadas por variáveis ambientais, políticas, econômicas, culturais e sociais. O meu propósito é avançar com a premissa de que o crime, no contexto feminino como ação pode ser interpretado como uma estratégia, um confronto, ou uma alternativa ao aparelho de Estado, isto é, um meio para alcançar a segurança.